segunda-feira, janeiro 24, 2005

Anjos e Demónios

Fui nas rouparias que vestem anjos e demônios
E me vesti de guerra, montei no cavalo preto
Armei uma capa e o punhal
Empunhei e dei um grito
Mais cego que minhas intenções
Mais frio do que cristal
Mais duro que diamante
E me lancei contra ti
Doce quimera,
Te lembras, pobre soldado
Quantas facas amolei
Quantas pragas te roguei
Quantos venenos forjei
Para envenenar a mulher
Que sou dentro de ti?
Saiu fogo dos meus olhos
Os meus seios se romperam
Pensei por um momento
Que ia te destruir
E o prazer que senti foi o que me envenenou
Quando vi que tu me amavas
Por debaixo da armadura
Que tu também empunhavas
Morri, doce soldado
Morri esfaqueada
Pelo olhar que me pousaste.

Sem comentários: