
(Poema para Antonieta)
Só te vejo um rosto
e um sorriso
não te conheço a forma,
a vida, ou a memória
presente do passado.
Contemplo-te,
longínqua e inquieta,
micaia recortada no horizonte
quente e calmo,
da noite vermelha do país do sul!
Aceito triste e incompreendido
o teu ódio, a revolta suspensa
no desmoronar dos sonhos
numa terra livre
da iniquidade!
Sinto-te jovem,
ardente e corajosa,
inquieta nesse dia,
na quietude da cidade muda,
ansiosa na contemplação do dia do juízo!
Distante dessa hora, já passada,
reencontro-te no riso incontido,
esquecidos desse tempo
e imersos na realidade virtual
que construímos juntos,
Estamos vivos, presentes na vertigem
dum espaço, por onde
não passou
nenhum dos cavaleiros
do apocalipse!
[ Segunda-feira, 27-06-2005]
3 comentários:
Querido Inimigo...
7 de Setembro... marcou a esperança...
9 de Setembro... a revolta...
mas NUNCA a desistência.
Comigo... os Deuses ficam a perder...
Adorei o poema...
... e a memória presente do passado vai-se lenta e dolorosamente desfiando.
Talvez assim... eu quebre o 'enguiço' - I was angry with my foe: I told it not, my wrath did grow.
A si o ficarei a dever.
Depois destes anos... mantenho.´
Os cavaleiros passaram.
Jamais serão esquecidos... e mrmod sinda perdoados.
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