O rosto que se perde entre os outros rostos
não é o dele. È o de quem não sabe quem é; o
de uma sombra que fica por detrás da luz. A
diferença de um rosto para o outro, por vezes,
não é nada; e só o que sobra de um olhar, cuja
circunstância se esqueceu, pode fazer com
que os olhos se lembrem doutros olhos, ou
uma cor súbita, na tarde de chuva, levante
as nuvens do espírito, o inverno da alma,
e traga o movimento em falso de uma luz de
primavera, tão breve como as palavras que
dizem o amor, e como o amor tão breve.
Nuno Júdice
domingo, maio 13, 2007
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1 comentário:
A
diferença de um rosto para o outro, por vezes,
não é nada; e só o que sobra de um olhar, cuja
circunstância se esqueceu, pode fazer com
que os olhos se lembrem doutros olhos, ou
uma cor súbita, na tarde de chuva, levante
as nuvens do espírito, o inverno da alma,
e traga o movimento em falso de uma luz de
primavera, tão breve como as palavras que
dizem o amor, e como o amor tão breve.
...
Interessante... 'multi-aplicável...'
Mas...
será verdadeiro?
Afinal a memória depende de cada um...
...dos olhos q atravessam a 'nebelina'... tb.
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